Enfim as eleições acabaram...
A corrida foi acirrada e as propostas eram diversas: dinamismo, conservadorismo, atualidade, juventude, modernidade, apoio à cidade, ao ser humano, à partidos políticos, à classe sociais, étnicas, enfim, cada um lutando por seus interesses. Teve até aqueles que juntaram tudo: educação, casa, criança, lazer, esportes, manchas, bola de basquete, alfabeto, muro, etc. hauhauahuahuhau...
E graças a nossa democracia exemplar e ao moderno sistema de contagem de votos já temos o vencedor!
Não, não. Não é nenhum candidato, mas sim o Design!
É interessante destacar a atuação que o design (e o designer, claro!) teve nas eleições 2008. Nunca na história desta cidade o trabalho do designer esteve tão presente e à mostra. Centenas de candidatos desfilavam com suas marcas e material gráfico de dar inveja aos concorrentes, que logo se apressavam em contra atacar com outro chamariz visual (sim, isso aconteceu!). A guerra pelos maiores números ou menções ao partido se tornou a guerra pela melhor imagem, melhor mensagem, melhor conceito.
Não estava mais em jogo a quantidade de informação, mas sim a qualidade delas!
Ninguém queria ficar para trás, cada um queria ser único, ter um diferencial! Mas como fazer isso? Sim, claro! Com o design!
A análise mais importante que podemos fazer, portanto, é do salto que o design teve, sendo reconhecido como instrumento de persuasão, fixação, criação de uma identidade, transmissor de uma mensagem e conceito.
Recordo-me de uma vereadora que esteve lá no escritório querendo que a marca dela entrasse no santinho casado com o prefeito, mas não era permitido, tínhamos que seguir um padrão. Ela esperneou e ameaçou recusar todos os santinhos, que seriam gratuitos.
Analisando...Isso é o que o design faz: cria uma relação de proximidade, de identificação, de confiança com seu público. Por fim não pude colocar a marca e ela acabou nem ganhando o cargo de vereadora...mas também a marca nem era muito boa mesmo!
É importante ressaltar que em nenhum momento foi mencionada a qualidade dos trabalhos, estamos apenas citando a presença maciça dessa nova comunicação visual, o que não ocorria a 4 anos atrás, por exemplo. Na verdade a grande maioria não passa de micragem.
Bem, com este parágrafo chegamos no ponto você deve estar matutando: “O design está requisitado não por esses motivos “nobres”, mas sim por ser modinha e meu sobrinho poder “fazer” no computador lá de casa.”
Não podemos negar que em grande parte seja por isso mesmo, mas já é um primeiro passo, sinal de que a demanda está crescendo. Agora cabe a nós instruir, educar e mostrar os resultados que um verdadeiro e bom design faz! Que aliás, temos um exemplo claro destes resultados em nossa cidade, que irá durar por pelo menos 4 anos.
Quem sabe nas próximas eleições não estaremos num patamar melhor, com a consolidação e reconhecimento de nossa profissão, dando valor a quem realmente merece.
Abaixo, alguns exemplos de marcas criadas por designers valadarenses nessas eleições. Algumas boas, outras nem tanto. Mas não vamos aprofundar muito neste assunto. Tire suas próprias conclusões.
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