Existe em nós uma grande capacidade de mutação. Não levando para o lado científico, que consiste fundamentalmente na adaptação de indivíduos, visando melhoria da qualidade de vida e até mesmo evitar a possível extinção. A mutação que falo é humana mesmo, é a falha do nosso caráter, é capacidade de sermos quem e como desejamos ser, como se trocassemos as máscaras que nos encobertam e nos protejem do mundo, preservando nossos rostos.
A máscara burla nossa ética e faz de nós prisioneiros da ganância e mentirosos por natureza. Ela esconde o que realmente somos, enganando-nos. A máscara ameniza nossas dores, ou intensifica nossa alegria, enxuga nossas lágrimas e padroniza nossos sentimentos, ela trai nossos olhos e confunde nosso coração.Ainda assim precisamos delas. Para confortar nossas frustrações, para permitir uma segunda chance, para dispistar nossas reações.O que fazemos com as máscaras é mentir pra nos mesmos. O que elas sentem de nós é pena. O que os outros vêem nelas é a nossa ilusão.
2 comentários:
É curioso falar de mascaras... e colocar no meio a questão das mascaras qeu todos nós temos para esconder-nos do mundo.
As mascaras abstratas de que falamos envolvem todas as mentiras que contamos para os outros e pra nos mesmos para passar uma imagem para as outras pessoas, de alquem que não somos...
Mas os poetas diziam... no Carnaval de Veneza, que as pessoas usavam mascaras [concretas] para ir a rua liberas suas fantasias mais intensas...como se a mascara fosse mais capaz de retratar a pessoa do que o seu proprio rosto.
Um paradoxo curioso...
como também diz os grandes filósofos de nossa era: essas MÁSCARAS ficaram FODA demais!
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