Era quadrado pra cá, projetos pra lá, nem os pastéis oleosos escaparam (coisinha cara, por sinal), tudo suspirava arte, a arte era design. Ou é o contrário? Enfim, me confrontei com uma das maiores descobertas da minha vida: o design está em tudo e em todos, está pintado nas marcas publicitárias, nas roupas, nas coisas, nas canetas e até nos papéis, tudo era alvo do design, mesmo que involuntariamente. A partir daí fiquei muito chato, reparava os panfletos, os anúncios, as vinhetas, os filmes, os cartazes, etc. Virou vício, quando via algo com erros compositivos, lá estava eu procurando a melhor alternativa para corrigir o erro. Está bem, admito que era pura hipocrisia barata, gostava de me sentir o cara que entende de design, mesmo que tendo que explicar para 10 de 10 pessoas o que certamente um designer fazia, qual era o seu papel para a melhoria da sociedade.
Ao longo do tempo fui amadurecendo a percepção que andava meio confusa, abri meus olhos para um mundo não novo, mas, diferente. Tudo era mais design do que antes. As cores eram desfragmentadas para entender o porquê delas existirem. Seria o preto ausência ou soma das cores? Até hoje não sei responder com exatidão.Como o design mudou minha vida eu realmente não sei, mas se 2006 foi um ano indiferente, 2007 será um ano revolucionário, e com muito design.
Gustavo Ferraz
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