terça-feira, fevereiro 6

Parece que foi ontem?

O ano de 2006 se foi, definitivamente. Foi se embora o tão sonhado hexa, Lula riu por último e se reelegeu, a crise Univale parece que foi brutalmete amenizada, ou melhor calada pelas bocas aristocráticas da sociedade. Com tudo isso 2006 foi sem dúvida um ano indiferente, ou pelo menos na minha relação com o Design e suas multiplicidades. Estava eu, pobre micreiro tentando entender porque o design é chique, é fino, e acima de tudo: está na moda.
Era quadrado pra cá, projetos pra lá, nem os pastéis oleosos escaparam (coisinha cara, por sinal), tudo suspirava arte, a arte era design. Ou é o contrário? Enfim, me confrontei com uma das maiores descobertas da minha vida: o design está em tudo e em todos, está pintado nas marcas publicitárias, nas roupas, nas coisas, nas canetas e até nos papéis, tudo era alvo do design, mesmo que involuntariamente. A partir daí fiquei muito chato, reparava os panfletos, os anúncios, as vinhetas, os filmes, os cartazes, etc. Virou vício, quando via algo com erros compositivos, lá estava eu procurando a melhor alternativa para corrigir o erro. Está bem, admito que era pura hipocrisia barata, gostava de me sentir o cara que entende de design, mesmo que tendo que explicar para 10 de 10 pessoas o que certamente um designer fazia, qual era o seu papel para a melhoria da sociedade.
Ao longo do tempo fui amadurecendo a percepção que andava meio confusa, abri meus olhos para um mundo não novo, mas, diferente. Tudo era mais design do que antes. As cores eram desfragmentadas para entender o porquê delas existirem. Seria o preto ausência ou soma das cores? Até hoje não sei responder com exatidão.
Como o design mudou minha vida eu realmente não sei, mas se 2006 foi um ano indiferente, 2007 será um ano revolucionário, e com muito design.


Gustavo Ferraz

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